O início do ano de 2020 vem sendo marcado pela pandemia do Coronavírus por todas as partes do mundo. Os efeitos sociais e econômicos da proliferação do vírus, serão sentidos por bastante tempo.
No Brasil, a maioria das empresas e trabalhadores estão sem poder exercer suas atividades por conta da necessidade de isolamento. Há quase duas semanas, o país está praticamente parado.
Em termos contábeis, o que as empresas que ainda não finalizaram ou publicaram seus demonstrativos devem observar? As normas brasileiras de contabilidade definem na NBC TG 24 os EVENTOS SUBSEQUENTES. Esses eventos são os fatos, favoráveis ou desfavoráveis, ocorridos entre a data final do período a que se referem as demonstrações contábeis e a data de autorização de emissão das mesmas por parte da administração.
Os eventos subsequentes podem ser de dois tipos:
🔸aqueles que evidenciam condições que já existiam na data final do período a que se referem as demonstrações contábeis e que, por esta razão, irão originar ajustes, e;
🔸aqueles que surgiram subsequentemente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis e que, por consequência, não serão objeto de ajuste.
Como a maioria das empresas brasileiras, ao final de 2019, não tinham a ideia de que o mercado passaria por tal situação, os ajustes contábeis não devem ser realizados, porém, deve ser divulgado em notas explicaticas os efeitos negativos da pandemia, caso sejam significativos. Neste sentido, a empresa deve divulgar: (a) a natureza do evento; (b) a estimativa do efeito financeiro de tal evento ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.
O objetivo desta divulgação é dar a transparência necessária aos usuários das demonstrações. A não divulgação poderá influenciar a tomada de decisão por parte dos usuários.
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